A dor no ombro é uma das queixas mais comuns entre atletas e frequentadores de academia, especialmente aqueles que praticam musculação, crossfit, natação, tênis ou esportes de arremesso. O ombro é uma das articulações mais móveis do corpo humano e, por isso mesmo, também uma das mais vulneráveis a lesões por sobrecarga, má postura ou movimentos repetitivos.
A articulação do ombro é composta por músculos, tendões, ligamentos e bursas que trabalham juntos para garantir amplitude e estabilidade. Quando esse equilíbrio é comprometido, surgem as dores — que podem ter várias causas:
Tendinites e bursites: inflamações dos tendões e bolsas sinoviais, muito comuns em quem executa movimentos repetitivos com carga.
Síndrome do impacto: ocorre quando estruturas internas do ombro são comprimidas durante os movimentos, especialmente ao levantar o braço.
Lesões do manguito rotador: microlesões ou rupturas nos tendões responsáveis por estabilizar o ombro.
Instabilidades articulares: mais comuns em atletas jovens e com grande mobilidade, como nadadores ou praticantes de esportes com arremesso.
Execução incorreta dos exercícios;
Sobrecarga ou aumento de peso sem orientação;
Aquecimento inadequado;
Falta de alongamento e fortalecimento muscular equilibrado;
Treinamento excessivo sem períodos adequados de recuperação.
Veja algumas dicas fundamentais para prevenir dores no ombro:
Aqueça antes de treinar: Ative a musculatura com movimentos leves e específicos para a região.
Alongue regularmente: Dê atenção aos músculos do peitoral, deltóide, trapézio e manguito rotador.
Fortaleça os músculos estabilizadores: Exercícios para o manguito rotador devem fazer parte da rotina, mesmo com cargas leves.
Respeite os limites do corpo: A dor não é sinônimo de progresso. Evite treinar com dor e dê tempo para o corpo se recuperar.
Tenha orientação profissional: Um treinador qualificado e acompanhamento médico fazem toda a diferença na prevenção de lesões.
Se a dor já está presente, é fundamental um diagnóstico preciso. A avaliação clínica e a realização de exames como o ultrassom articular (USG) ajudam a identificar a causa com precisão.
Hoje, contamos com diversas formas de tratamento, de acordo com o quadro do paciente:
Fisioterapia personalizada;
Medicações anti-inflamatórias (quando indicadas);
Infiltrações guiadas por ultrassom com medicamentos ou ácido hialurônico;
Bloqueios analgésicos com anestésicos locais;
Procedimentos minimamente invasivos com apoio da imagem, que aumentam a precisão e reduzem riscos.
Se a dor persiste por mais de alguns dias, piora com movimentos simples ou limita seus treinos, é hora de procurar um especialista. Diagnóstico precoce evita complicações, como lesões mais graves ou cirurgias futuras.
Conclusão:
Dor no ombro não deve ser normalizada entre atletas ou frequentadores de academia. Com a orientação correta e os cuidados adequados, é possível treinar com segurança, rendimento e, o mais importante, sem dor.
Se você sente dor no ombro ou quer prevenir lesões, agende sua avaliação. O cuidado especializado faz toda a diferença na sua saúde e desempenho.